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CIDADELA

Cidadela é o nome dado pelo artista ao conjunto arquitetônico que compõe a Oficina. Espaços, templos e construções monumentais carregadas dos referenciais poéticos de sua obra, interessada na origem das formas primordiais encontradas na natureza, associando-se às ruínas do local para criar um universo abissal, subterrâneo e sexual em constante processo de mutação. A presença do artista num trabalho contínuo de criação conferiu à Oficina um caráter inusitado, identificando-a como uma instituição intrinsecamente viva e com uma dinâmica de imprevisibilidade para sua obra.

"Eu encontrei neste espaço uma velha idéia que sempre me preocupou que era de reunir, num só lugar, toda magnitude da arte antiga, que jamais separou a pintura da arquitetura nem da escultura. Eu vejo todo esse conjunto como um vasto cenário, que tomou proporções míticas pela imobilidade e quantidade de algumas peças… ” 

“Novos bichos. A Oficina enche-se gradativamente de esculturas zoomórficas de todos os tipos e tamanhos. Acabarei por transformá-la em uma imensa Arca de Noé. Acontece que um dia espero precisar deles na imensa construção dessa muralha final que faz o limite do pátio. [...] Pouco a pouco a modelagem começa a me absorver. Faz-se urgente colocar o forno em funcionamento.[...] Apesar de povoada de gente, a Oficina está silenciosa, sem o barulho dos grandes ventiladores do forno e o borrifar constante dos maçaricos de óleo. Sem fogo não há cerâmica.”

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